Por g1.globo
Um passeio virtual pelo estado de Nova York usando ferramentas como o Google Maps permite encontrar uma série de imagens borradas. Desde o terminal do aeroporto próximo de Buffalo a uma prisão em Elmira e laboratórios de pesquisa nuclear, tudo aparece adulterado. Essas alterações não são trabalho de um hacker. Desde o 11 de Setembro, o aparato de segurança dos EUA tem feito este tipo de ação na esperança de prevenir ataques terroristas.
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Logo após os atentados terroristas que deixaram quase 3.000 mortos, a preocupação com possíveis novos alvos fez com que o governo buscasse diminuir a quantidade de informações facilmente acessíveis aos terroristas. As medidas foram tomadas em todo o país com o objetivo de tornar secretas as informações que pudessem servir no planejamento de ataques.
Dados sobre a localização de usinas nucleares, ou as coordenadas de centrais que trabalhassem com produtos químicos perigosos e mapas de tubulamento de gás foram tornados sigilosos. Junto com eles, entretanto, desapareceram da internet dados sobre água potável no Texas, plantas de prédios de Delaware e planos de emergência de prédios públicos de Idaho.
O problema, segundo críticos do programa, é que algumas informações importantes para os cidadãos acabaram sendo escondidas juntamente. "Não temos um rei, ou uma classe dominante, que possa decidir nossas políticas de segurança", alegou Steven Aftergood, diretor de um programa da Federação Americana de Cientistas que lida com a questão do sigilo governamental. "Este tipo de segredo está em desacordo com o tipo de sociedade com a qual estamos comprometidos", explicou.
Um outro problema é que o bloqueio de informações é parcial. Imagens que são borradas no Google, por exemplo, podem ser vistas em ferramentas do Bing.
Mapas virtuais como os do Google são um dos casos mais relevantes no debate sobre sigilo de informações. Apesar de serem usados cotidianamente por pessoas que traçam rotas, eles podem ter sido usados por criminosos e terroristas.
Um julgamento por terrorismo em Nova York em 2007 apresentou provas de que um plano de atentado que foi evitado havia usado dados do Google Maps para projetar explodir tanques de combustível de aviões no aeroporto JFK. Em outro caso, Traficantes que levavam drogas do Canadá para os Estados Unidos admitiram ter usado o Google para planejar viagens.
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